No capítulo anterior:
- Aí é que te enganas, - Falou de sorriso no
rosto, virando o meu corpo para o seu - TU és o meu sonho tornado realidade, TU
és o meu futuro. Eu não conseguirei viver sem ti, meu mulherão. TU és o meu
TUDO, já nada faz sentido sem ti. TU és “A tal”. TU és o meu amor verdadeiro.
Como é que eu sobreviveria sem te ter?
Entre
confissões, beijos e muitas lágrimas minhas, nós fizemos amor, para tentar
sarar as nossas feridas e mostrar que não seria possível encontrarmos outra
ligação tão forte como a que nós temos com outras pessoas. Afinal, o verdadeiro
amor existe e nós só “Zingamos” uma vez na vida, nós somos o “Zing” um do outro
sem dúvida.
Seria muito cliché
dizer que o tempo passou a correr sem eu dar por isso? Pois bem, fazia seis
meses (ou seja, meio ano) que já estava em Lisboa e, consequentemente, que eu e
o Pedro estávamos juntos. Se tudo foi um mar de rosas sem fim, típico de um
conto de fadas? Não, nem tudo é perfeito. Nós discutimos (nada de
muito grave e sério), nós não andamos SEMPRE colados (não sou uma namorada
assim tão cola) e decidimos, que para nosso bem, não podíamos dormir sempre
juntos, então temos, pelo menos, uma noite da semana para estar com os nossos
amigos (uma noite de raparigas/rapazes)… Não é fácil conciliar tudo,
principalmente quando ele tem jogos e eu não posso ir por estar a acompanhar
outra equipa… Ainda não publicamos nada que afirme com todas as letras que Inês
Correia e Pedro Rebocho namoram, mas já toda a gente que nos acompanha em redes
sociais e nos conhece minimamente suspeita… Principalmente, as fãs dele, mas eu
não ligo a isso… Deste modo, a nossa relação ainda não era comentada
por revistas, mas, em compensação, era bastante pelas redes sociais, por de fãs
do Pedro que torciam por nós, que achavam que fazemos um “casal fofo” e nos
davam apoio, o que era ótimo. Ainda não tinham surgido, graças a Deus, intrigas
de possíveis traições ou más-línguas a falar... Por um lado, nós também não
dávamos grandes hipóteses para elas surgirem. Por outro, acho que todos
percebiam o quão unidos e ligados nós somos.
Resumidamente,
quanto à minha saúde, eu fui operada de urgência (como o Dr. Gonçalo havia
dito) e, pelos vistos, para já está tudo controlado, sem dores, sem mais
tratamentos. No entanto, não sei se conseguirei engravidar, algo que me
preocuparei no futuro, até porque para já quero curtir o meu homem e só depois
poderei partilhá-lo com um pequeno ser.
Esta
semana, o meu grupo de dança treinou muito mais vezes que o normal, sem
descanso nenhum, sem pausas, don’t stop!
A razão para todo esse empenho extra? Pois bem, houve um convite que recebemos
por parte do programa da TVI “Dança com as estrelas” para mostrarmos neste
domingo, em direto, que há dança de rua com grande qualidade e mérito e, como
aceitámos, tivemos de arranjar novas coreografias e aperfeiçoar todos os passos
individualmente, coordenar e sintonizá-los no coletivo. Eu saí do ginásio todos
os dias depois das 23h30, é um enorme desafio para os “I.aM.mE” e nós vamos brilhar e mostrar o nosso grande
trabalho e sacrifício.
Era domingo à noite, e eu só
realmente tomei a consciência que não era apenas um sonho, era realidade que eu
estaria na televisão a dançar com o grupo que eu sou “a cabeça” quando ouço a voz
da apresentadora Cristina Ferreira toda alegre dizer:
- Boa noite, portugueses! Esta
noite, vamos ter em palco um grupo especial a dançar, um grupo com muito talento...
Chamem ao palco para a primeira atuação, os “I.aM.mE”…
Durante toda a música, abstraí-me ao
máximo de tudo o que nos rodeava e diverti-me, soltei-me como se fosse uma
atuação qualquer, sem a importância extraordinária que estava implicita. A
nossa primeira atuação seria para mostrar o nosso grupo inteiro, não havia
nenhum destaque em especial na minha pessoa (o que tinha sido uma sugestão
minha), pelo contrário, quem se destacava mais até era o meu preto… Mas, no
fim, só ouço um barulhão de aplausos e gritinhos, tudo tinha corrido bem, como
planeado.
- Bem, mas que energia! Inês, chega
cá – Chamou-me a Cristina e eu obedeci, sorridente. – Confessa-nos, como é que
é ser responsável por um grupo destes? Como é que surgiu isto tudo?
- Boa noite! Eu adoro este grupo e
ser “a responsável” – fiz as aspas com os dedos – é fantástico. Estamos juntos
há uns meses… Quando me mudei para Lisboa, no nosso ginásio reconheceram-me de
performances que tive no Porto com o meu antigo grupo e pediram para eu dar
aulas de dança. Apesar de na altura, não ter a certeza se ficaria mesmo na
capital, aceitei a proposta…
- E porque é que atuam na rua? –
Perguntou intrigada a apresentadora.
- No Porto, eu estava habituada a
atuar com o meu grupo num bar em especial e, por vezes fazíamos pequenas
performances na rua… Eu amava isso. Depois, eu estava com o grupo mais
experiente, o grupo mais avançado, pensei que estar só a dançar sem ter um
objetivo não traria grandes benefícios… Assim, com este pequeno desafio, o nosso
trabalho fica mais interessante, mais excitante. Por outro lado, fazemos
publicidade ao ginásio e tentamos cativar mais pessoas para este desporto. Sim,
dança é desporto, dança é arte, dança é paixão… A dança não tem de existir
apenas por competição e todas aquelas regras, pode ser apenas algo natural e
apaixonante, como nós fazemos, só para o fun.
Claro que o meu grupo começou a
bater palmas e a fazer imenso barulho, incentivando o público… Eu fiquei corada
com isso, mas tentei disfarçar rindo. No fim de contas, nota-se que o meu grupo
é “de rua”, não está habituado a um júri cheio de regras e avaliações para se
comportarem, então começaram logo a armar escândalo e espetáculo. Enfim,
parecem umas crianças grandes e eu devo ser a babysitter (brincadeira…).
Não perderam tempo em pedir a
opinião da nossa prestação à mesa dos três júris… A senhora decidiu ser a
primeira e começou com aqueles típicos discursos a incentivar iniciativas como
a nossa, a falar da nossa atitude e postura mais alegre e sensual e Blá blá
blá, muito paleio previsível, confesso que não ouvi com grande atenção… Era a
vez do senhor Alberto Rodrigues falar, mas eu queria antecipar certas palavras
que pudessem denegrir o nosso trabalho…
- Eu só queria salientar um pequeno
detalhe… O nosso estilo de dança não é focado na técnica perfeita, tanto que
nós não somos um grupo de competição. Eu não sou profissional como os
dançarinos deste programa, mas sou capaz de ter tanto trabalho ou experiência
que eles… Eu aprendi imenso na rua, aprendi com grandes dançarinos que se
afastaram de competições, fiz parte de pequenos workshops… A dança é uma paixão
minha, mas um hobby. A minha vida não é apenas isto, portanto nunca apostei
demasiado na técnica…
- Nunca teve aulas a sério? –
Perguntou-me o sr. Alberto de olhos esbugalhados.
- Não e acho que se nota na minha
técnica, como eu já disse… Portanto, o grupo é capaz de não ter uma técnica
fantástica, porque eu não posso aperfeiçoar nos elementos do grupo algo que eu
não sei… - Comentei na defensiva.
- Então, dou-lhe os meus mais
sinceros Parabéns! A menina e o seu grupo está bastante perfeitinho para um
grupo sem aulas técnicas, um simples grupo de rua… - Afirmou o Sr. Alberto.
- A Inês pode não ter tido aulas de
técnica, mas é uma menina muito atenta aos pormenores, exigente e aprende
demasiado rápido. Basta assistir a um movimento várias vezes que ela consegue
reproduzi-lo na perfeição, é uma grande virtude… Estás de Parabéns, Nenê! -
Comentou o Cifrão.
- Obrigada, C! – Gritei e corri para
abraçar aquele homem.
- Vocês conhecem-se? – Questionou a
atriz.
- O dono do bar onde a Inês atuava
no Porto é meu amigo, sempre que eu ia à cidade invicta passava por lá. Para
além dos workshops em que já participamos… Óbvio que eu conheço este mulherão.
Eu e todos aqueles que já estiveram naquele bar conhecem esta artista… - Sorriu,
beijando o topo da minha cabeça.
A segunda atuação do meu grupo foi
diferente, com o uso de cadeiras e aproveitando mais o jogo das luzes que
conseguimos num palco daqueles (algo que não conseguiríamos na rua de dia), e
uma possível brincadeira de imagens captadas pelas câmaras para os
telespectadores. Aqui houve algum destaque superior na minha pessoa, por
insistência de todos e para mostrar um pouco quem é a “principal”.
A música tinha sido uma escolha minha, uma música de
Justin Timberlake, aquele homem que dança, canta e encanta todos e era isso que
eu queria, que nós encantássemos, algo ligeiramente mais sexy e audaz, e puxássemos por aquela pequena vontade de todos se
mexerem, tentando nos acompanhar na nossa performance.
- Claramente, depois desta
atuação viu-se quem é a responsável pelo grupo, a princesa… - Comentou a
apresentadora.
- Não estava a contar com algo
assim, tão aparentemente simples. Não é preciso passos muito complexos para
atrair a atenção de todos e tu provaste isso, sem dúvida surpreendente… -
Comentou o Cifrão.
- Mais uma vez, parabéns, excelente
coreografia, exatidão nos passos e muita coordenação! – Completou o sr.
Alberto.
- Oh, muito obrigada! Isto é fruto
de um grande trabalho de equipa… Todos colaboramos nas coreografias, todos
temos sugestões de músicas, todos trabalhamos… - Disse eu sorrindo.
- Mentira, as coreografias são
praticamente todas dela, nós damos pequenas sugestões. Para mim, a Inês é uma
dançarina profissional e excelente coreografa – Afirmou um dos rapazes,
provocando uma onda de palmas e gritinhos do público.
- Desculpa, Inês, mas eu preciso de
dizer isto, tu és cá um mulherão… - Confessou o Pedro Teixeira, fazendo-me rir.
- E tu nunca a viste dançar algo mais
sensual, como Kizomba! – Exclamou o Jójó, que estava mesmo ao meu lado.
- Mas nós queremos ver… - Afirmou a
apresentadora.
- Tudo bem, mas eu neste momento só
danço esses estilos com um dos meus três homens, mais ninguém… - Esclareci,
antes que se pusessem com ideias.
- Que são?
- O meu namorado, o meu primo e o
meu melhor amigo.
- Então, Inês, não queres chamar o
teu namorado para dançar contigo? Eu acho que ele está bem ali no meio do público
a assistir a tudo ou será que estou enganado? – Questionou o Cifrão com olhar
matreiro.
Nesse momento, eu fixei os meus
olhos nos do Pedro e percebi que ele estava a divertir-se com aquele momento,
era isto que ele queria. Ele queria mostrar que eu sou dele e só dele e queria
assumir publicamente, em direto, para não deixar dúvidas nenhumas que ele é o
meu namorado e assim seria.
Meus amores, eu sei, o capítulo é mais pequenito, demorei praticamente 1 mês para publicar e tal... Mas, como há cada vez menos comentários, eu já não sei se devo continuar ou simplesmente desistir. Eu não tenho muito jeito e a imaginação e motivação cada vez é menor (infelizmente).
Portanto, decidi criar uma sondagem, pelo menos votem nela, se não quiserem comentar.
Obrigada! Espero que gostem...
Beijinhos,
Rita B.
Esperando por mais, sem dúvida!
ResponderEliminarAi, vão assumir *-*
Beijinhos
Olá!
ResponderEliminarBem, fui uma desnaturada, uma irresponsável, porque eu amo esta fic desde o inicio e fui deixando de comentar, QUE PARVA! Bem pois, agora estou aqui e estou maluca com isto tudo e sabes porquê? Sou uma apaixonada por dança como a Inês, e adoro isto, completamente, e mais, este romance Pedro-Inês é ago que me deixa completamente babada, é uma história demasiado linda, quero tanto mas tanto que corra tudo bem.
A INÊS VAI PODER TER FILHOS COMO É MAIS QUE ÓBVIO (ai de ti que faças um final triste nisto porra!) e eles vão ser tão felizes juntos, eu sei que sim! E Esse mulherão que ela é vai agora dançar Kizombada com a sua loiraça e vão arrasar!!!
Ly so much, espero o próximo, besitos!