segunda-feira, 17 de agosto de 2015

CAPÍTULO 22 - "LOVE IS A FUNNY THING..."


No capítulo anterior:

            - Aí é que te enganas, - Falou de sorriso no rosto, virando o meu corpo para o seu - TU és o meu sonho tornado realidade, TU és o meu futuro. Eu não conseguirei viver sem ti, meu mulherão. TU és o meu TUDO, já nada faz sentido sem ti. TU és “A tal”. TU és o meu amor verdadeiro. Como é que eu sobreviveria sem te ter?

Entre confissões, beijos e muitas lágrimas minhas, nós fizemos amor, para tentar sarar as nossas feridas e mostrar que não seria possível encontrarmos outra ligação tão forte como a que nós temos com outras pessoas. Afinal, o verdadeiro amor existe e nós só “Zingamos” uma vez na vida, nós somos o “Zing” um do outro sem dúvida.

 

           

            Seria muito cliché dizer que o tempo passou a correr sem eu dar por isso? Pois bem, fazia seis meses (ou seja, meio ano) que já estava em Lisboa e, consequentemente, que eu e o Pedro estávamos juntos. Se tudo foi um mar de rosas sem fim, típico de um conto de fadas? Não, nem tudo é perfeito. Nós discutimos (nada de muito grave e sério), nós não andamos SEMPRE colados (não sou uma namorada assim tão cola) e decidimos, que para nosso bem, não podíamos dormir sempre juntos, então temos, pelo menos, uma noite da semana para estar com os nossos amigos (uma noite de raparigas/rapazes)… Não é fácil conciliar tudo, principalmente quando ele tem jogos e eu não posso ir por estar a acompanhar outra equipa… Ainda não publicamos nada que afirme com todas as letras que Inês Correia e Pedro Rebocho namoram, mas já toda a gente que nos acompanha em redes sociais e nos conhece minimamente suspeita… Principalmente, as fãs dele, mas eu não ligo a isso… Deste modo, a nossa relação ainda não era comentada por revistas, mas, em compensação, era bastante pelas redes sociais, por de fãs do Pedro que torciam por nós, que achavam que fazemos um “casal fofo” e nos davam apoio, o que era ótimo. Ainda não tinham surgido, graças a Deus, intrigas de possíveis traições ou más-línguas a falar... Por um lado, nós também não dávamos grandes hipóteses para elas surgirem. Por outro, acho que todos percebiam o quão unidos e ligados nós somos.

            Resumidamente, quanto à minha saúde, eu fui operada de urgência (como o Dr. Gonçalo havia dito) e, pelos vistos, para já está tudo controlado, sem dores, sem mais tratamentos. No entanto, não sei se conseguirei engravidar, algo que me preocuparei no futuro, até porque para já quero curtir o meu homem e só depois poderei partilhá-lo com um pequeno ser.

           

            Esta semana, o meu grupo de dança treinou muito mais vezes que o normal, sem descanso nenhum, sem pausas, don’t stop! A razão para todo esse empenho extra? Pois bem, houve um convite que recebemos por parte do programa da TVI “Dança com as estrelas” para mostrarmos neste domingo, em direto, que há dança de rua com grande qualidade e mérito e, como aceitámos, tivemos de arranjar novas coreografias e aperfeiçoar todos os passos individualmente, coordenar e sintonizá-los no coletivo. Eu saí do ginásio todos os dias depois das 23h30, é um enorme desafio para os “I.aM.mE” e nós vamos brilhar e mostrar o nosso grande trabalho e sacrifício.

            Era domingo à noite, e eu só realmente tomei a consciência que não era apenas um sonho, era realidade que eu estaria na televisão a dançar com o grupo que eu sou “a cabeça” quando ouço a voz da apresentadora Cristina Ferreira toda alegre dizer:

            - Boa noite, portugueses! Esta noite, vamos ter em palco um grupo especial a dançar, um grupo com muito talento... Chamem ao palco para a primeira atuação, os “I.aM.mE”…

 

 
            Durante toda a música, abstraí-me ao máximo de tudo o que nos rodeava e diverti-me, soltei-me como se fosse uma atuação qualquer, sem a importância extraordinária que estava implicita. A nossa primeira atuação seria para mostrar o nosso grupo inteiro, não havia nenhum destaque em especial na minha pessoa (o que tinha sido uma sugestão minha), pelo contrário, quem se destacava mais até era o meu preto… Mas, no fim, só ouço um barulhão de aplausos e gritinhos, tudo tinha corrido bem, como planeado.

            - Bem, mas que energia! Inês, chega cá – Chamou-me a Cristina e eu obedeci, sorridente. – Confessa-nos, como é que é ser responsável por um grupo destes? Como é que surgiu isto tudo?

            - Boa noite! Eu adoro este grupo e ser “a responsável” – fiz as aspas com os dedos – é fantástico. Estamos juntos há uns meses… Quando me mudei para Lisboa, no nosso ginásio reconheceram-me de performances que tive no Porto com o meu antigo grupo e pediram para eu dar aulas de dança. Apesar de na altura, não ter a certeza se ficaria mesmo na capital, aceitei a proposta…

            - E porque é que atuam na rua? – Perguntou intrigada a apresentadora.

            - No Porto, eu estava habituada a atuar com o meu grupo num bar em especial e, por vezes fazíamos pequenas performances na rua… Eu amava isso. Depois, eu estava com o grupo mais experiente, o grupo mais avançado, pensei que estar só a dançar sem ter um objetivo não traria grandes benefícios… Assim, com este pequeno desafio, o nosso trabalho fica mais interessante, mais excitante. Por outro lado, fazemos publicidade ao ginásio e tentamos cativar mais pessoas para este desporto. Sim, dança é desporto, dança é arte, dança é paixão… A dança não tem de existir apenas por competição e todas aquelas regras, pode ser apenas algo natural e apaixonante, como nós fazemos, só para o fun.

            Claro que o meu grupo começou a bater palmas e a fazer imenso barulho, incentivando o público… Eu fiquei corada com isso, mas tentei disfarçar rindo. No fim de contas, nota-se que o meu grupo é “de rua”, não está habituado a um júri cheio de regras e avaliações para se comportarem, então começaram logo a armar escândalo e espetáculo. Enfim, parecem umas crianças grandes e eu devo ser a babysitter (brincadeira…).

            Não perderam tempo em pedir a opinião da nossa prestação à mesa dos três júris… A senhora decidiu ser a primeira e começou com aqueles típicos discursos a incentivar iniciativas como a nossa, a falar da nossa atitude e postura mais alegre e sensual e Blá blá blá, muito paleio previsível, confesso que não ouvi com grande atenção… Era a vez do senhor Alberto Rodrigues falar, mas eu queria antecipar certas palavras que pudessem denegrir o nosso trabalho…

            - Eu só queria salientar um pequeno detalhe… O nosso estilo de dança não é focado na técnica perfeita, tanto que nós não somos um grupo de competição. Eu não sou profissional como os dançarinos deste programa, mas sou capaz de ter tanto trabalho ou experiência que eles… Eu aprendi imenso na rua, aprendi com grandes dançarinos que se afastaram de competições, fiz parte de pequenos workshops… A dança é uma paixão minha, mas um hobby. A minha vida não é apenas isto, portanto nunca apostei demasiado na técnica…

            - Nunca teve aulas a sério? – Perguntou-me o sr. Alberto de olhos esbugalhados.

            - Não e acho que se nota na minha técnica, como eu já disse… Portanto, o grupo é capaz de não ter uma técnica fantástica, porque eu não posso aperfeiçoar nos elementos do grupo algo que eu não sei… - Comentei na defensiva.

            - Então, dou-lhe os meus mais sinceros Parabéns! A menina e o seu grupo está bastante perfeitinho para um grupo sem aulas técnicas, um simples grupo de rua… - Afirmou o Sr. Alberto.

            - A Inês pode não ter tido aulas de técnica, mas é uma menina muito atenta aos pormenores, exigente e aprende demasiado rápido. Basta assistir a um movimento várias vezes que ela consegue reproduzi-lo na perfeição, é uma grande virtude… Estás de Parabéns, Nenê! - Comentou o Cifrão.

            - Obrigada, C! – Gritei e corri para abraçar aquele homem.

            - Vocês conhecem-se? – Questionou a atriz.

            - O dono do bar onde a Inês atuava no Porto é meu amigo, sempre que eu ia à cidade invicta passava por lá. Para além dos workshops em que já participamos… Óbvio que eu conheço este mulherão. Eu e todos aqueles que já estiveram naquele bar conhecem esta artista… - Sorriu, beijando o topo da minha cabeça.

 

            A segunda atuação do meu grupo foi diferente, com o uso de cadeiras e aproveitando mais o jogo das luzes que conseguimos num palco daqueles (algo que não conseguiríamos na rua de dia), e uma possível brincadeira de imagens captadas pelas câmaras para os telespectadores. Aqui houve algum destaque superior na minha pessoa, por insistência de todos e para mostrar um pouco quem é a “principal”.

A música tinha sido uma escolha minha, uma música de Justin Timberlake, aquele homem que dança, canta e encanta todos e era isso que eu queria, que nós encantássemos, algo ligeiramente mais sexy e audaz, e puxássemos por aquela pequena vontade de todos se mexerem, tentando nos acompanhar na nossa performance.

 

                - Claramente, depois desta atuação viu-se quem é a responsável pelo grupo, a princesa… - Comentou a apresentadora.

            - Não estava a contar com algo assim, tão aparentemente simples. Não é preciso passos muito complexos para atrair a atenção de todos e tu provaste isso, sem dúvida surpreendente… - Comentou o Cifrão.

            - Mais uma vez, parabéns, excelente coreografia, exatidão nos passos e muita coordenação! – Completou o sr. Alberto.

            - Oh, muito obrigada! Isto é fruto de um grande trabalho de equipa… Todos colaboramos nas coreografias, todos temos sugestões de músicas, todos trabalhamos… - Disse eu sorrindo.

            - Mentira, as coreografias são praticamente todas dela, nós damos pequenas sugestões. Para mim, a Inês é uma dançarina profissional e excelente coreografa – Afirmou um dos rapazes, provocando uma onda de palmas e gritinhos do público.

            - Desculpa, Inês, mas eu preciso de dizer isto, tu és cá um mulherão… - Confessou o Pedro Teixeira, fazendo-me rir.

            - E tu nunca a viste dançar algo mais sensual, como Kizomba! – Exclamou o Jójó, que estava mesmo ao meu lado.

            - Mas nós queremos ver… - Afirmou a apresentadora.

            - Tudo bem, mas eu neste momento só danço esses estilos com um dos meus três homens, mais ninguém… - Esclareci, antes que se pusessem com ideias.

            - Que são?

            - O meu namorado, o meu primo e o meu melhor amigo.

            - Então, Inês, não queres chamar o teu namorado para dançar contigo? Eu acho que ele está bem ali no meio do público a assistir a tudo ou será que estou enganado? – Questionou o Cifrão com olhar matreiro.

            Nesse momento, eu fixei os meus olhos nos do Pedro e percebi que ele estava a divertir-se com aquele momento, era isto que ele queria. Ele queria mostrar que eu sou dele e só dele e queria assumir publicamente, em direto, para não deixar dúvidas nenhumas que ele é o meu namorado e assim seria.




Meus amores, eu sei, o capítulo é mais pequenito, demorei praticamente 1 mês para publicar e tal... Mas, como há cada vez menos comentários, eu já não sei se devo continuar ou simplesmente desistir. Eu não tenho muito jeito e a imaginação e motivação cada vez é menor (infelizmente).
Portanto, decidi criar uma sondagem, pelo menos votem nela, se não quiserem comentar.
Obrigada! Espero que gostem...
 
Beijinhos,
Rita B.

2 comentários:

  1. Esperando por mais, sem dúvida!
    Ai, vão assumir *-*
    Beijinhos

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  2. Olá!

    Bem, fui uma desnaturada, uma irresponsável, porque eu amo esta fic desde o inicio e fui deixando de comentar, QUE PARVA! Bem pois, agora estou aqui e estou maluca com isto tudo e sabes porquê? Sou uma apaixonada por dança como a Inês, e adoro isto, completamente, e mais, este romance Pedro-Inês é ago que me deixa completamente babada, é uma história demasiado linda, quero tanto mas tanto que corra tudo bem.
    A INÊS VAI PODER TER FILHOS COMO É MAIS QUE ÓBVIO (ai de ti que faças um final triste nisto porra!) e eles vão ser tão felizes juntos, eu sei que sim! E Esse mulherão que ela é vai agora dançar Kizombada com a sua loiraça e vão arrasar!!!

    Ly so much, espero o próximo, besitos!

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