sábado, 12 de setembro de 2015

CAPÍTULO 23 (PARTE I) - "LOVE IS A FUNNY THING..."


No capítulo anterior:

Nesse momento, eu fixei os meus olhos nos do Pedro e percebi que ele estava a divertir-se com aquele momento, era isto que ele queria. Ele queria mostrar que eu sou dele e só dele e queria assumir publicamente, em direto, para não deixar dúvidas nenhumas que ele é o meu namorado e assim seria.

 

            Estava na hora, esta era a nossa hora, a hora de “oficializarmos” o nosso namoro e eu não poderia perder a oportunidade. Eu iria magoá-lo e isso eu não quero. É só ele que me importa…

            - Meu senhor, dá-me a honra desta dança? – Perguntei, de olhos postos no meu namorado, e fazendo uma pequena vénia, como uma perfeita “cavalheira”.

A minha pequena brincadeira gerou gargalhadas, mas nada comparando com o que se seguiu. Os meus jogadores entreolharam-se, riram e levantaram-se os dois das suas cadeiras (que se encontravam lado a lado) e vieram ter comigo. O meu primo correu na minha direção para me abraçar em primeiro lugar e fazer uma figura típica de criança, ou seja, fez caretas para o meu namorado e gritou inúmeras vezes:

- Toma, toma, toma… Eu ganhei, a Nocas é minha…

- Isso era o que tu querias… - Afirmou o meu namorado, enquanto me puxava (delicadamente) pelo braço. – A Inês é a mulher da minha vida e eu não vou deixar que ninguém a roube de mim…

Não sei se ele se esqueceu que estávamos em plena televisão ou estava consciente desse facto, mas essa questão não me impediu de ficar emocionada e de beijá-lo apaixonadamente. Recado enviado para as cabras, atrevidas, prostitutas, mulheres da má vida, chupistas, taradas, atiradiças e todas as outras mulheres que não largam o meu homem, que só pensam em levá-lo para a cama ou conquistá-lo ou sacar-lhe dinheiro? Espero que sim, ele é meu e eu não vou perder o único homem que me amou verdadeiramente e me fez amar, como nunca antes fui capaz de fazer…

- Parou já! Vocês depois continuam isso em casa. Não sou obrigado a ver isto… - Disse o meu primo ciumento, com voz emburrada. – Cabeçudo, tu vieste aqui para verem a minha menina dançar Kizomba, não para se devorarem em público.

- Não saiam daí, porque depois deste curtíssimo intervalo, teremos Inês Correia, responsável e membro do grupo que atua duas vezes nesta noite, com o seu namorado a dançar Kizomba… - Anunciou assim a apresentadora, uma pequena pausa.

A produção fez sinal e por 45 segundos, nós não estaríamos no ar. Eu logo ouvi a Diana resmungar sobre o quão ciumento era o meu primo e picardias e gargalhadas seguiram-se, mas eu só ouvia tudo ao longe. A minha cabeça estava a pensar que os 45 segundos eram tão-somente o tempo para eu me concentrar e pensar como é que iria fazer com o Pedro. Nós não tínhamos uma coreografia de Kizomba. As vezes que dançamos juntos, foi em discotecas ou festas, não precisávamos que saísse bem a dança, só queríamos estar colados um ao outro… A minha preocupação devia estar estampada no meu rosto, porque só ouvi o Jójó sussurrar-me:

- Lembras-te da coreografia que fizemos para a música “Não me toca”? É só dançares isso com o teu namorado e tudo vai correr bem, confia em mim…

Nem tempo tive para raciocinar o que acabara de ouvir, muito menos para questionar. Nós estávamos outra vez em direto e a música começou, todos os que estavam no palco connosco, formaram um semicírculo e não tiraram os olhos de nós.

 


 

A coreografia podia ser minha com o meu melhor amigo, mas aquela dança estava a ser diferente… Realmente, há quem diga que nós somos comandados pelas nossas emoções, os nossos sentimentos gerem as nossas ações, escolhas, a nossa vida. E, realmente talvez seja verdade… Quer dizer, eu estou a dançar com uma coreografia muito familiar para mim com um homem, mas sinto-me completamente diferente. O facto de estar a dançar com aquele que amo perdidamente difere tudo. A coreografia é obra minha, mas toda a parte emocional é culpa dele. Eu sinto-me completamente nas nuvens, eramos só nós os dois ali, eu nos braços do meu homem a dançar.

No início, ainda ouvia algumas palmas e gargalhadas à nossa volta, mas depois voei para uma outra dimensão… E só acordei no final da música com um doce beijo e uma enorme algazarra dos meus amigos à nossa volta.

- Agora tem ainda mais lógica o porquê de ter uma loira linda agarrada à televisão a assistir ao jogo do Benfica. Mas, atenção, ela não é pacífica… - Comentou a apresentadora Cristina Ferreira.

- ‘Cê tem razão, Cristina… Este mulherão pega fogo a gritar pela equipa e a discutir com o árbitro. É uma zoeira como eu nunca vi… Ainda bem que tive a honra de ver esse show… - Afirmou um concorrente do programa, um ator de telenovela da TVI, o brasileiro sexy Bruno Cabrerizo.

O programa continuou ainda com uns quantos comentários e brincadeiras sobre a minha pessoa, o meu namoro, a nossa dança…

O olhar do Pedro transmitia muito mais que alegria, era orgulho, deslumbre, fascínio, amor, paixão e paz. A vida como casal “famoso” não seria fácil, mas ver o Pedro assim compensava tudo, até porque eu tinha a certeza que ele seria o único que eu poderia amar desta forma louca na minha mísera vida…
 
 
 
Olá, pessoal! Ontem o meu Benfica ganhou 6x0 e hoje os B's ganham 2x0, em que o meu menino marcou o primeiro golo... Yeah! \o/
Portanto, eu decidi publicar aqui uma parte de um capítulo, visto ser demasiado pequeno para se chamar capítulo, mas foi o que consegui. Vou continuar com a fic, por todas as pessoas que me incentivaram a isso e porque eu não gostaria de deixar a minha primeira fic sem um fim concreto. Não sei se haverá muitos mais episódios deste romance, mas ainda há aventuras para acontecer.
Beijinhos,
Rita B.

1 comentário:

  1. Olá Rita,

    Muitos parabéns pela fica adoroooooo!

    Eu li os 5primeiros capítulos direitinhos quando postavas mas depois perdi o link da FIC, hoje finalmente encontrei-o e perdi, com o maior prazer, um tempo a ler todos os capítulos ;)

    Adoro a relação Pedro e Inês, adoro os gémeos (deve ser por adorar crianças), achei interessante falares das doenças dela (espero que ela possa ter filhos), Adorei o facto de ela depois da doença grave (e feito o transplante) ter ganho forças e voltar a fazer o que realmente ama.
    Simplesmente amo está FIC e espero sinceramente que continues para eu me deliciar ;)

    Fico a espera do próximo capítulo para breve :D

    Beijinho

    Ps: eu também escrevo uma fanfic, dá uma espreitadela e deixa um comentário (se puderes e quiseres é claro)
    http://rumonovonestaestrada.blogspot.pt

    ResponderEliminar