sábado, 31 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 3 - "LOVE IS A FUNNY THING..."



No capítulo anterior:
Estávamos já há algum tempo sentados na relva à conversa, eu estava deitada com a cabeça no colo do meu primo e as pernas no colo do Fábio quando o meu primo se vira:

            - Nocas, a tua mãe está a ligar-te... - informou-me com os olhos no meu telemóvel.
            - Ai, não... - bufei para depois pedinchar ao meu primo - Kiko, meu amor, fala tu com ela, por favor...
            - Tudo bem, com licença - pegou no meu telemóvel, levantou-se e foi atender a chamada.
            Como eu estava com a cabeça no colo do meu primo, agora estava sem encosto, até que sinto alguém sentar-se perto de mim, era o Pedro.
            - Pousa a cabeça no meu colo, para estares mais confortável... - convidou-me batendo nas suas coxas. E, como é mais que óbvio, eu aproveitei e agradeci.
            - Inês, tu e a tua mãe já não se dão bem? - perguntou o Rapha curioso.
            - Damo-nos bem, porquê?
            - Não quiseste falar com ela... - justificou o Rapha.
            - Oh, isso é porque a minha mãe anda super chata e paranoica, não pára de falar na operação, de me dar as mesmas recomendações de sempre e isso enerva-me...
            - Nocas, desculpa perguntar mas, o que é que tens exatamente? - e pronto, aí vem a conversa da doença, obrigadinha por perguntares Fábio...
            Antes que eu chegasse a responder o meu primo volta, devolve-me o telemóvel e senta-se à minha frente.
            - O que é que a minha mãe queria, Kiko?
            - Nada de especial, parece que afinal não pode vir cá mais logo, mas ficou descansada quando soube que eu estava cá...
            - Perfeito, mais uma pessoa para tomar conta de mim, um hospital cheio de enfermeiros e médicos não chega... - retorqui, porém a seguir retomei o assunto que tinha ficado em stand-by por causa do regresso do meu primo - Respondendo à tua questão, Fábio, vocês sabem o que é anemia aplástica?
            Assim que me começo a preparar-me para falar deste assunto, sinto uma mão no meu cabelo, o Pedro estava a fazer-me festinhas e isso estava a ajudar-me a ter mais calma... Pedro Rebocho, és tão especial para mim! Olhei para ele para lhe agradecer com um sorriso e apercebo-me que ele está com toda a sua atenção fixa em mim, como os outros três rapazes...
            - Só ouvi falar da anemia normal, mais nada... - responde o Fábio.
            - Eu também e mesmo assim não sei muito em pormenor sobre a anemia - acrescentou o Rapha.
            - Tudo bem, basicamente, é uma doença não muito comum, em que consiste numa produção insuficiente de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas na medula óssea. A anemia é deficiência de glóbulos vermelhos, a leucopenia é a insuficiência de glóbulos brancos e a trombocitopenia é a diminuição de plaquetas. Resumidamente, eu tenho isso tudo junto, tenho uma aplasia da medula... - tentei explicar de uma forma simples.
            Estava um silêncio de cortar a respiração, nem uma mosca por ali parava e eu esperava uma reação deles...
            - Como é que descobriste? - perguntou o Rapha.
            - Eu andava bastante fraca, pálida, com algumas infeções e dores de cabeça, o meu médico cada vez achava aquilo mais estranho, mandou-me fazer uns exames ao sangue e ficou assustado com os valores... Mandou-me para o Dr. Gonçalo Lemos e foi ele que me diagnosticou esta doença... Desde aí, já estive internada e liberta desta prisão várias vezes...
            - Mas, desta vez, não prevêem que saias tão depressa... - falou o meu primo com tristeza. - Aqui conseguem controlar-te e fazer te cumprir os tratamentos...
            - Daí seres a paciente rebelde do Dr. Gonçalo... - concluiu o Fábio.
            - Apenas fiz a minha vida normal e bati recorde nos valores dos constituintes do sangue e, como prémio, fico aqui presa - falei com ironia, revirando os olhos.
            - E tratamento? - perguntou ele quase sem voz.
            - O tratamento é a combinação de umas quantas drogas... - disse olhando-o nos olhos.
            - Algo que não está a resultar contigo, a única solução para ti é o transplante de medula - pronto, de certeza que a minha mãe pediu para o meu primo me tentar dar a volta...
            - E eu já disse que não, Kiko, não vou fazer a porra do transplante...
            - Porquê, Inês? Se é a única solução... - falou o Rapha indignado.
            - Pronto, agora deves estar mais feliz, Francisco, mais pessoas para me julgarem... A decisão é MINHA e eu já disse que não, fim de conversa! - eu já estava irritada e farta daquele assunto, levantei-me de repente mas perdi as forças e apaguei...



Halo! Aqui está o 3º capítulo... 
Bom fim de semana!
Beijinhos,
Rita Bonito 


4 comentários:

  1. Ola :)
    Bem a doença da Novas nao e nada facil, mas tenho a certeza que ela ira dar a volta por cima!
    Aguardo o proximo
    Beijinhos
    Ritááá xD

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  2. Fantástico...

    Quero mais... Tou super curiosa para ver o próximo...

    Continua...

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  3. Olá !

    Vim atrasadissima, mas vim!!

    Bem, eu estou a adorar a quimica deles, juro que sim, que fofo, cedeu o colo para a Ines *-*
    Sabes o que me irrita mesmo mesmo?! É ela estar fechada num hospital, e ainda por cima não querer a cura, grrr que raiva, quero muito muito o próximo.

    Besitos, te quiero!

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  4. Olá

    Adorei , a Inês têm é de aceitar curar-se, tem de ficar boa e aproveitar o rapaz que nota-se bem que ele sente qualquer coisa por ela ...


    Beijinhos

    Catarina

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